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Juros abusivos em contratos bancários: quando o empréstimo vira uma dívida impagável

  • Foto do escritor: Gisele Pace
    Gisele Pace
  • 10 de nov.
  • 2 min de leitura
cartão de crédito
Analisar o contrato é o primeiro passo para identificar juros abusivos e recuperar o equilíbrio financeiro.

Por Gisele Pace


Os contratos de empréstimo bancário são parte da vida financeira de milhares de brasileiros. Muitas vezes, o crédito é a solução para equilibrar o orçamento ou investir em um projeto. O problema surge quando o valor final da dívida ultrapassa qualquer limite razoável — como quem pega R$ 50 mil e, após três anos, percebe que já pagou R$ 150 mil ao banco.

Essa situação é mais comum do que parece e revela uma prática que vem sendo cada vez mais contestada: os juros abusivos. Embora os bancos sejam regulados pelo Banco Central, a cobrança de taxas desproporcionais ainda é uma das principais causas de endividamento no país.


Na prática, o consumidor assina contratos complexos, com cláusulas pouco transparentes e encargos cumulativos que fazem a dívida crescer de forma acelerada. Juros compostos aplicados sem explicação, refinanciamentos sucessivos e tarifas adicionais são exemplos de mecanismos que aumentam o custo efetivo total sem que o cliente perceba.


O Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil asseguram que os contratos devem respeitar o equilíbrio entre as partes e a boa-fé. Quando há vantagem excessiva para o banco, o consumidor tem direito de pedir a revisão judicial do contrato. Esse tipo de ação permite reavaliar as taxas aplicadas, eliminar encargos indevidos e recalcular o valor justo da dívida.


Outro ponto importante é o papel do Banco Central do Brasil, que publica periodicamente a taxa média de juros praticada no mercado. Se o contrato prevê juros muito acima dessa média, é um forte indicativo de abuso.


Os tribunais brasileiros têm reconhecido que o consumidor não pode ser submetido a encargos que inviabilizem o pagamento da dívida. A função do contrato é atender à finalidade social, e não gerar desequilíbrio financeiro permanente.


Para quem está nessa situação, o caminho é buscar orientação jurídica especializada. Um advogado experiente em direito bancário poderá analisar o contrato, comparar as taxas com os índices oficiais e identificar abusividades. Muitas vezes, é possível reduzir substancialmente o valor devido e restabelecer o equilíbrio financeiro.


Em um cenário de crédito caro e contratos padronizados, conhecer seus direitos é o primeiro passo para evitar armadilhas. Se a sua dívida parece crescer sem controle, talvez o problema não seja o atraso, e sim os juros abusivos que estão sendo cobrados.


Procure um especialista em direito bancário e avalie se seu contrato pode ser revisado.

 
 
 

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